terça-feira, 10 de junho de 2014

Em catástrofe o rádio entra em ‘cena’

Radioamador ainda presta relevantes serviços mesmo com advento da Internet



A Internet faz a conexão com o mundo e as redes sociais com os amigos. Mas, mesmo antes dessa tecnologia estar disponível, o radioamador fazia e faz até hoje esse papel. Apesar de não ser muito divulgado, o Brasil deve ter 30 a 40 mil radioamadores. A cada mês a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) disponibiliza os exames para admissão e mais e mais aficionados ganham o direito de falar no rádio. Os radioamadores entram em ‘cena’ toda vez que acontece uma catástrofe, um grande acidente e os meios de comunicação mais modernos falham.

Na região de Bauru há muitos radioamadores na ‘ativa’ quer seja para bater papo com amigos ou para socorrer alguma comunidade em dificuldade. Em São Manuel, um apaixonado por radioamador mantém uma estação repetidora e uma casa lotada de equipamentos.


 


O advogado Sílvio Roberto Mazetto, o PY2TGL de São Manuel, não economiza conversa com aqueles que estão sintonizados na mesma estação. Tem 35 anos de ‘janela’ e incentiva os jovens a entrar para o hobby. Para ele, o contato, via rádio, é mais pessoal por conter a voz, isso para ele, faz toda a diferença. “É incalculável o número de radioamadores. Cada exame de admissão tem 200 candidatos.”

O radioamadorismo foi a mola incentivadora do aprendizado da língua inglesa para um dos mais antigos radioamadores da região. Rafael Gutierres Neto, o PY2NJ de Lençóis Paulista. Ele foi fazer um curso para conversar com os amigos. Os 54 anos que passaram ao lado do rádio sempre conversando lhe valeu belas histórias e um grande número de amigos pelo mundo.

“Nos anos 60 até os anos 80, o radioamador foi muito utilizado para utilidade pública. Acidentes, mortes, pessoas desaparecidas era a tônica da comunicação que atravessa fronteiras muito antes das novas tecnologias.”

Já Carlos Chiquini, o PY2RBG de Garça, conheceu esse tipo de comunicação com um rádio HT. “O rádio mudou muito nos últimos anos. Antigamente você escutava câmbio. Hoje, o pessoal trabalha em alta fidelidade de áudio e o som é bem melhor.”

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