quarta-feira, 19 de março de 2014

Paixão pelo radioamadorismo ainda persiste no Estado do RS


Cartão-postal confirmava que houve contato entre dois radioamadores. Foto: Reprodução




Isso que você está vendo, acima e abaico, é a reprodução de um QSL. Essas três letras significam a confirmação de que houve um QSO. Difícil? Só para quem não é radioamador. Quando você tenta, e consegue, se comunicar através das ondas do rádio com alguém, isso é um QSO. Aí, então, você vai numa agência dos Correios e envia um cartão-postal, para o endereço de quem você falou, confirmando que estiveram conectados, isso é um QSL. Pode parecer estranho, e coisa de uma época em que as comunicações eram difíceis. Errado. Se em 1941 o radioamador dono desse cartão, Humberto Petrucci, enviou ao seu companheiro PY2QK o atestado de que sua transmissão foi recebida, no dia 10 de outubro às 21h30min, hoje esse ritual ainda existe. Se você acha também que em tempos de telefonia móvel o radioamadorismo caminha para a extinção, errou de novo.


Cartão-postal confirmava que houve contato entre dois radioamadores. Foto: Reprodução


Pelo menos é o que nos informa o orgulhoso presidente da Liga de Amadores Brasileiros de Rádio-Emissão do RS (LABRE-RS), Francisco Aito Vitorino: “São 250 provas de ingresso por ano, só aqui em nosso Estado, e 2.750 radioamadores no RS”, revela ele. Se antes um transmissor a válvula podia pesar mais de 30 kg, hoje um com a mesma potência pesa menos de 1 kg. 

Em novembro, haverá o 62º Rancho do Radioamador Gaúcho, uma espécie de congresso que reúne os aficionados. Só o fascínio explica. Assim como fotógrafos contemporâneos que fazem daguerreótipo, ou o pessoal que continua correndo a maratona, mesmo não sendo portador da urgente e relevante mensagem que o soldado grego carregava. Hoje bastaria um tweet: #AtenasVenceu #PersasDerrotados





Fonte:  Jornal Zero Hora






 

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